O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta 2ª feira (26) a construção da usina de Belo Monte (PA) e a política de ampliação do fornecimento de energia com base em hidrelétricas. "Temos um potencial hídrico de 260 mil megawatts. Se o Brasil deixar de produzir isso para começar a utilizar termelétrica a óleo diesel será um movimento insano".
Apesar das críticas de entidades civis, grupos indígenas e organizações não-governamentais em relação ao processo que levou a licitação de Belo Monte na semana passada, Lula disse que o governo conseguiu dar um "tratamento qualificado" à usina, garantido a participação de todos no debate. "O que nós precisamos é trabalhar com muito cuidado para fazer as hidrelétricas da forma mais cuidadosa possível, causar o menor impacto ambiental possível", disse.
Lula destacou as mudanças sofridas no projeto de Belo Monte, que se arrastava há mais de 30 anos, como a redução da região a ser alagada, a preservação de áreas indígenas que seriam atingidas pela construção da barragem e o trabalho de realocação de 16 mil pessoas que terá que ser feito quando for iniciada a formação do lago. "As pessoas não terão prejuízo, pelo contrário, o que queremos é que a hidrelétrica signifique um ganho para essas pessoas, uma melhoria na qualidade de vida". (AE)
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